Criar, imaginar, reflectir, sistematizar e exprimir, implica um vasto processo de comunicação para o qual contribuem os vários saberes e experiências, no plano sociológico, psicológico, artístico e outros. Intimamente inseridos no real partimos de uma ideia sintetizada num curto parágrafo que estabeleça o que queremos comunicar. Depois reflectimos sobre a ideia e criamos a teia de relações significativas a desenvolver. Assim, embora para a infância, o espectáculo permite inúmeras leituras cativantes para qualquer escalão etário, incluindo a idade adulta. Texto, encenação, cenografia e figurinos, criação musical, tudo contribui e reformula o espectáculo em elaboração. ACREDITAMOS NO PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO EM DIÁLOGO E COOPERAÇÃO SEM ESCAMOTEAR A FIRME NECESSIDADE DE COMPETÊNCIAS ORIENTADORAS ESPECÍFICAS. Mas se a uns compete planear e determinar a orientação artística das produções, a outros compete uma acção não menos importante porque... o actor é um criador.
É O PRINCÍPIO DO ACTOR COMO CERNE DA CRIAÇÃO TEATRAL.
O Teatro Papa-Léguas situa a sua acção num quadrante, que se tem revelado fecundo mas particularmente polémico no plano social: a Arte e a Educação e as novas relações resultantes da sua comunhão na acção. Desde 1976, a nossa prática pública, tem aberto vias de diálogo que se revelam estradas do Futuro. Sabemos que a vida mudará como muda a criança. Acreditamos que o encontro livre e fraterno dos seres humanos, conduzirá a novas relações baseadas no respeito mútuo, no exercício da capacidade crítica, no diálogo entre pessoas que assumem as suas consciências, as suas emoções, os seus saberes e as suas diferenças, e como tal se enriquecem. Gostamos de agir, agir sempre. Porque é a melhor forma de conhecer. "O que faz de um ser uma criança, não é o facto de ele ignorar, é o facto de ele desejar saber, de tender a tornar-se mais." (Claparède)
: ::Teatro e Educação Artística desde 1976:: :
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